Novo artigo na Rebep - Por que partem eles (agora)? O regresso à eterna pergunta
20/10/2021
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#ArtigoOriginal #SaindoDoForno Rebep - Revista Brasileira de Estudos de População
Em Portugal têm coexistido todos os fluxos migratórios, mesmo quando passou a atrair imigrantes, não deixou de ser um país de emigrantes.
Nelson Oliveira| Politécnico da Guarda
Síntese:
1. Pode afirmar-se que a emigração portuguesa começou com a independência do Brasil pois foi para as Américas que se dirigiram os principais fluxos migratórios portugueses até ao final da segunda metade do século XX;
2 Por volta de 1960, os grandes fluxos migratórios portugueses infletiram para a Europa com a França em destaque, foram tão significativos que nem a chegada de cerca de meio milhão de portugueses, com o fim do império ultramarino, conseguiu estancar a perda demográfica;
3. Depois da entrada na União Europeia, na viragem do século, Portugal atraiu imigrantes, inclusive do país que recebeu as mais significativas levas de portugueses (o Brasil) e, no contexto global, passou a integrar o conjunto de países atrativos para os migrantes económicos;
4. Em finais de 1990, Portugal passou a acolher fluxos de migrantes dos PALOP, da Europa de Leste, do Brasil e de algumas regiões asiáticas, fluxos que terão coexistido com a perene emigração nos territórios de baixa densidade demográfica como é o caso da região da Guarda;
5. Quando se analisam as migrações recentes, com origem na região da Guarda, parece evidente a génese comum a outras migrações que as precederam pois continuam-se a mobilizar redes de conhecimento para materializar os projetos migratórios;
6. Não obstante, identificam-se contingentes cada vez mais significativos de migrantes, cujas diásporas deverão ser contextualizadas nos recentes fenómenos da globalização da força de trabalho, por enquadrarem trabalhadores com elevados níveis de especialização.
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